BOLINHAS VIVAS
Objetivo: Promover estreitamento das relações interpessoais, integração grupal; tomada de decisões; soluções criativas; liderança; grau de desperdício. Material: Bolinhas de tamanhos, cores e materiais diferentes.
Grupo de pé e em círculo. Do centro, o instrutor dá a cada participante um número seqüencial de 1 a te o total de componentes, cuidando para que o seguinte seja sempre oposto ao anterior. Exemplo: número 1 de um lado, número 2 de outro, e assim sucessivamente. Após todos terem memorizado seu número, avisa:
“Todos vocês fazem parte de uma empresa que está fabricando um produto (que são estas bolinhas) que está despertando a atenção do mercado, pelo alto grau de qualidade e rapidez com que estão sendo processadas as diversas fases. Cada número é uma fase. Hoje estamos recebendo a visita de uma empresa japonesa que veio ver este processamento de perto e comprar os produtos e know-how. Temos de fazer bonito! Para isto, vamos ter algum tempo para praticar e ver se melhoramos o tempo, contemplando a qualidade, já que fomos informados de que a fábrica da esquina conseguiu os mesmos resultados de qualidade em tempo bem menor que o nosso. O japonês vem primeiro visitar a nossa fábrica. Temos de estar melhores que os nossos concorrentes! Vou entregar uma bolinha ao número 1, que deverá passar ao 2, e assim por diante. Quando a bolinha chegar nas mãos do último, este deverá repassá-la ao Gerente (que no caso é próprio instrutor)”. Avisa que o tempo será cronometrado a partir de agora. Assim que o grupo estiver bem sintonizado com a tarefa, ou demonstrar sinais de querer modificar suas posições no círculo, o facilitador permite e anuncia que os resultados foram tão bons que a gerência resolveu introduzir mais alguns produtos (e vai entregando as outras bolinhas sem muitos intervalos). As pessoas começam se deslocar, sob a orientação de alguém (liderança), em posições seqüenciais por número. Costumam “pedir licença” antes de tomar iniciativa da mudança. As bolinhas de menos peso, menores ou as maiores, ao caírem costumam permanecer no chão, nem sempre sendo retomadas; alguns até as chutam sutilmente para trás.
As pessoas preocupam em
melhorar seus escores.
No momento do fechamento, o instrutor deverá fazer seu levantamento sem, no entanto, nominar as pessoas que se destacaram ou não.
É importante colocar questões como:
- Grau de satisfação com o resultado final;
- Estilo de liderança adotado;
- A pressão do tempo como influenciador na tomada de decisões;
- Grau de motivação dos participantes. Motivos que levaram as pessoas a
se interessarem pela atividade;
- Grau de desperdício dos produtos rejeitados. Qualidade é só do produto final? E os custos que vêm embutidos?
- A procura da comodidade (bolinhas mais fáceis de serem conduzidas).
COMUNICAÇÃO
VOCÊ ESTÁ ESCUTANDO ?
Objetivo: Trabalhar a importância de perceber o outro, valorizando-o.
Material: Cartões com as instruções.
Formar duplas. Numerar os participantes de cada dupla com os números 1 e 2, aleatoriamente.
Unir todos os participantes que receberam o número 1 e dar-lhes estas instruções: Você irá contar uma história ao seu par. Pode escolher uma história real da sua própria vida ou criar algo. Mas a sua tarefa é contar essa história ao seu parceiro do começo ao fim certificar-se de que ele compreendeu bem o que você contou.
Unir os participantes que receberam o número 2 e dar-lhes instruções individuais, pois cada um deles desempenhará um papel diferente em sua dupla. Todos os papéis têm o objetivo de interferir na comunicação, dificultando-a.
Sugestões de papéis:
- Dê palpites sem ser solicitado durante o relato do seu parceiro.
- Interrompa freqüentemente seu par, impedindo-o de chegar ao fim de sua história.
- Mude de assunto várias vezes durante o relato do seu par.
- Não responda, nem pergunte nada durante todo o relato.
- Peça constantemente ao outro que repita o que acabou de falar.
- Procure contar uma história melhor do que a que seu par está contando.
- Observe o resto da sala enquanto o seu par está falando.
- Ria e ache graça quando o seu par falar sério.
- Faça perguntas sobre todos os detalhes da história.
Todas as duplas cumprem o que foi proposto ao mesmo tempo.
O coordenador observa o grupo e determina o final da atividade ao perceber que a maioria das duplas concluiu a tarefa ou já se encontra suficientemente mobilizada. Abrir plenário para que cada dupla exponha para o grupão o que aconteceu durante a execução da atividade e como está se sentindo. Pedir que falem primeiro todos os participantes de número 1.O coordenador deve certificar-se de que os participantes estão expressando realmente o que sentiram enquanto contavam a própria história.Dar a palavra aos participantes de número 2 solicitando que falem inicialmente sobre os sentimentos, se foi fácil ou difícil desempenhar o seu papel e por quê, para só então relatar para o seu par e para o grupo a instrução recebida. Depois de explorar os comentários sobre a atividade, ampliar a discussão para os seguintes pontos:
- Como você se sente quando alguém não escuta você?
- É difícil para você escutar o outro? E falar de si?
- Que atitudes no outro facilitam a sua expressão?
Observações:
Uma alternativa na forma de execução da tarefa pode ser, em vez de pedir a todas as duplas que realizem a tarefa ao mesmo tempo, solicitar que cada dupla se apresente para o grupão. Esta alternativa pode ser utilizada em grupos menores, pois em grupos maiores corre-se o risco de se tornar cansativa e dispersar a atenção dos participantes. Esta dinâmica não só trabalha as questões relativas à comunicação como mobiliza conteúdos dos participantes referentes ao ouvir, falar e ser escutado, delicadeza no trato, auto estima… É necessário que o coordenador esteja atento para o emergir dos conteúdos, os pontos que foram mais fortes no grupo.
Evitar a realização desta dinâmica em grupos agressivos e cujas regras ainda não estejam devidamente estabelecidas e os limites não sejam observados. Em alguns grupos em que escutar e ser escutado surge como uma questão premente a ser trabalhada, ela pode ser usada como uma atividade detonadora, porém, exigirá ao coordenador cuidados e atenção especiais.
LIGADO EM VOCÊ
Objetivo: Comunicação, conscientização, eliminar fofocas.
Material: Pedaços de barbante amarrados nas extremidades de modo que se possa encaixar uma mão. Os barbantes devem ter mais ou menos 70 cm. (Levar o material pronto para agilizar). Colocar um barbante em cada participante de modo que ao ser colocado, um passe por dentro do outro, se cruzando ao meio. O resultado esperado é que a dupla consiga se soltar sem tirar o barbante dos punhos. É importante perceber a comunicação durante o exercício e anotar todas as frases que escutar de cada dupla. Se a turma estiver com número ímpar de pessoas ou alguém já conhecer o exercício, peça que o ajude nas anotações. Fazer o fechamento falando do cuidado que devemos ter com a comunicação verbal, ao usarmos palavras e frases que causem duplo sentido, etc.
Observação: Para se soltar basta pegar a ponta do seu barbante que está entrelaçado com o do colega, geralmente, está no centro dos dois barbantes e passar por baixo do amarrado do pulso do colega no sentido de dentro pra fora e depois passar por cima da mão do colega, aí é só puxar.
EMPRESA MALUCA
Objetivo: Avaliar a comunicação do grupo; trabalho em equipe na busca de objetivos comuns; percepção.
Material: 3 cartolinas brancas, lápis de cor, giz de cera, régua, lápis preto, borracha, cola, tesouras.
Serão formados 4 grupos de aproximadamente 4-5 pessoas. Cada participante do grupo irá receber uma informação confidencial. O instrutor deverá distribuir papéis dobrados com as informações confidenciais. A tarefa do grupo será de cada grupo será montar o maior número de tabuleiros de xadrez possíveis, com perfeição e rapidez num prazo de 20 minutos. Pedir ao grupo para eleger um Diretor, Gerente de RH, Gerente de Produção, Supervisor, Operário.
Observação: Informações confidenciais:
- A partir de agora você é surdo e mudo.
- A partir de agora você é cego.
- A partir de agora você é doido.
- A partir de agora você é o líder.
NOSSO PROJETO
Objetivo: Vivenciar o processo de interferência na comunicação.
Material: 1 flip-chart com papel, pincel, papel ofício e canetas para todos os participantes.
O instrutor, inicialmente, fará um desenho abstrato com figuras geométricas e rabiscos em posições diversas.
Pedir um voluntário para fazer a leitura do desenho, que será chamado de projeto. Os demais deverão, sem ver o desenho, reproduzi-lo a partir do que entenderem. Ao final será avaliado o grau de eficácia na comunicação existente naquele grupo. O voluntário poderá repetir a leitura do desenho se quiser, porém, não poderá perguntar aos demais se entenderam, pois eles não poderão se comunicar com o voluntário.
ESCOLHA CUIDADOSAMENTE SUAS PALAVRAS
Objetivo: Expressar os pensamentos e sentimentos através do uso de frases que permitam uma boa comunicação.
Material: Papel ofício e lápis preto.
Grupo em círculo, em pé. Formar duplas e sentar-se, espalhadas pela sala. Dar a cada dupla uma folha de papel e um lápis. Pedir que listem todas as frases que ouvem freqüentemente no seu dia-a-dia e que consideram agressivas, ofensivas ou que causem desconforto. Tempo para execução. Pedir a cada dupla que de todas as frases escritas/listadas, escolham a mais forte para apresentar ao grupo. Quando todas as duplas tiverem escolhido sua frase, pedir que encontrem uma forma clara e gentil de dizer a mesma coisa.E Cada dupla lê para o grupo a frase original e a frase transformada.
Plenário: o grupo comenta o que descobriu ao fazer as comparações entre as maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, refletindo sobre diferenças entre as frases originais e transformadas e os sentimentos após elas.
Observação:
Através deste trabalho, as pessoas podem perceber formas diversas de dizer o que sentem sem ofender os outros. É possível aprender a referir-se ao sentimento alheio sem julgar, avaliar ou criticar os atos ou o jeito do outro.
O instrutor deve chamar a atenção do grupo para o fato de que qualquer pensamento ou sentimento pode ser expresso, desde que de forma respeitosa. É importante que os participantes percebam que frases agressivas ou em tom de acusação impedem o outro de ouvi-las, gerando uma atitude defensiva ou de ataque. A maneira mais eficiente de nos fazermos ouvir é expressar nossos sentimentos evitando julgamentos ou interpretações.
PERCEBENDO O GRUPO
Objetivo: Promover a comunicação entre todos os participantes do grupo.
Material: Papel ofício e lápis.
Grupo em círculo, sentado. Cada participante recebe uma folha de ofício em branco, escrevendo o seu nome no alto dela. A um sinal do instrutor, todos passam a folha para o vizinho da direita, para que este possa escrever uma mensagem para a pessoa cujo nome se encontra no alto da folha. Assim, sucessivamente, todos escrevem para todos até que a folha retorne ao ponto de origem. Fazer a leitura silenciosa das mensagens recebidas. Plenário: comentar com o grupo o seu trabalho:
- O que foi surpresa para você?
- O que já esperava?
- O que mais o (a) tocou?
Esta atividade é muito rica e possibilita a participação de todos os componentes do grupo. A sua aplicação na se esgota nessa temática, podendo ser utilizada, também, na finalização de uma etapa de trabalho ou mesmo na conclusão do grupo. É uma atividade que pode ser repetida em fases diversas do processo grupal, como forma de facilitar a comunicação e avaliar as relações entre os componentes.
PERCEPÇÃO
VIU ?
Objetivo: Percepção visual, atenção e extrapolar limites.
Formar duas filas, uma de frente para a outra. Os pares deverão observar durante 1 minuto o seu parceiro, após este período, todos viram de costas para seu par e trocam de posição algum objeto que estiver usando. Haverá várias rodadas e os objetos trocados não deverão ser consertados até o final da atividade.
RÓTULO
Objetivo: Percepção e pré-conceito.
Material: Etiquetas adesivas, com uma frase para cada participante do grupo.
Se a turma for grande, dividi-la em grupos de aproximadamente 5 integrantes. Coloca-se na testa de cada participante um rótulo com uma frase e peça ao grupo para agir com cada um de acordo com o que está escrito no rótulo.E A pessoa não fica sabendo o que está em sua testa, mas terá que identificar qual o seu rótulo, a partir do comportamento do grupo.
Observações:
Exemplos de frases para os rótulos:
- Estou carente.
- Sou mentiroso.
- Sou o dono do saber.
- Sou muito inteligente.
- Falo demais.
- Estou nervoso.
- Não ligo para nada.
COMO PERCEBO A REALIDADE?
Objetivo: Perceber que a realidade possui vários ângulos.
Material: Cópias da figura em anexo.
Distribuir entre os participantes cópias da figura. Pedir a cada um que observe o desenho e diga o que está vendo. Dividir o grupo em dois: de um lado aqueles que vêem a moça, de outro aqueles que vêem a velha.
Pedir a cada grupo que escolha alguém para defender a imagem que o grupo percebeu. Deixar que cada um tente convencer o outro de que a imagem que está vendo é real. Após alguns instantes, orientar para que voltem ao grupão. Orientar o grupo para que todos percebam as duas imagens (moça e velha). Discutir a importância de perceber a realidade sob vários ângulos e que para perceber o que o outro defende tem de se olhar do ponto de vista dele; isto não significa abrir mão daquilo que acredito, apenas que posso compreender um ponto de vista diferente do meu.