domingo, 25 de setembro de 2011

Dinâmicas
A árvore do conhecimento

Objetivo: Conhecer os participantes do grupo e suas opiniões relacionadas aos assuntos apresentados na árvore.

Material: Árvore com perguntas dentro da bexiga

Procedimentos: Cada participante se levanta e vai até a árvore, apresenta-se para o grupo, estoura uma bexiga e lê a pergunta para os demais participantes e responde de acordo com sua opinião.


Marque um encontro e converse

Objetivos: Trocar experiência com os demais participantes, relacionando-se através do tema discutido.

Material: Um relógio de papel, conforme modelo e caneta ou lápis para cada participante.

Procedimentos: Faça um relógio de papel , escreva um assunto para conversar em cada hora. Tire tantas cópias iguais, quantos forem os participantes.
Distribua os relógios, e um lápis ou caneta para cada pessoa. Peça que caminhem e marquem um encontro para cada hora. Cada pessoa se apresenta a alguém e marca com ela um encontro, ambas devem então escrever o nome uma da outra, sobre o relógio no espaço da hora combinada. É necessário número par de participantes.
Quem já tiver preenchido todos os horários deve se sentar, para que fique mais fácil completar as agendas.
Quando todos tiverem marcado as horas, comece a dinâmica...
Diga as horas, por exemplo. “Uma hora”. Cada um deve procurar o par com que marcou o encontro da uma hora e conversar sobre a pergunta ou assunto marcado para aquele horário.


Dinâmica de identificação

Objetivos: auto-conhecimento, resgate de valores e identificação do grupo através da socialização.

Material: Folha, Lápis ou caneta e música

Procedimentos: Faça um sorteio com o nome dos participantes, entregue uma folha e um lápis ou caneta, para que cada um faça um desenho que represente o amigo que foi sorteado. Cada participante pendura o seu desenho em um barbante e em seguida os demais participantes tentam identificar-se e escolhem um dos desenhos, explica porque se identificou com desenho, logo em seguida o que desenhou diz se o desenho corresponde a pessoa que o pegou, caso acerte o desenho fica com o participante, se não o desenhista entrega para o verdadeiro dono explicando o motivo de ter desenhado com tais características

Dinâmica no escuro

Objetivo: sentir e enfrentar medos e dificuldades, se colocar no lugar do outro
( deficientes visuais), expor emoções através do desenho.

Material: Em caso se for realizar a dinâmica durante o dia, usar venda para os olhos, música ambiente, material para pintura (lápis de cor, tinta guache, giz de cera etc...)

Procedimento: o facilitador entrega aos participantes uma folha em branco e alguns lápis de cor ou tinta etc...
Coloque uma música tranqüila e apague a luz ou amarre uma venda nos olhos do participante para que não veja nada, peça para que cada um expresse em forma de desenho o que está sentindo naquele momento, peça também para que escreva algo, quando terminarem ascenda as luzes ou retire as vendas e peça para cada um explica o que sentiu quando não estava vendo nada, peça para explicar para os demais participantes o que desenhou, quais foram suas necessidades e o que aprendeu com a atividade. Explique os objetivos para que todos possam refletir e discutir sobre o assunto abordado.


Dinâmica do repolho

Objetivos: Esta é uma forma bem criativa de saber o nível de conhecimento das pessoas, em relação a determinado assunto ou tema.

Material: elaborar previamente em folha de papel sulfite questionamentos para que os participante respondam. Enrolar cada folha, uma após outra, de modo que fiquem assemelhada a um “repolho”.

Procedimentos: Formar um círculo, e começar a passar o “repolho”.
Colocar uma música bem ritmada e ficar de costas para o grupo. Parando a música, quem estiver com o “repolho” na mão deverá retirar a primeira folha, ler e responder.
Senão souber o grupo pode ajudar e assim sucessivamente até que todas as pergunta sejam respondidas, quem ficar com a última pergunta é o ganhador.

Obs: Educador adapte esta dinâmica de acordo com o nível de conhecimento de seus educandos, não esquecendo que temos níveis diversificados em nossas salas de aula, portanto use perguntas relacionadas as áreas de conhecimento, em português por exemplo trabalhe com as sílaba, frases etc...
Utilize também cálculos matemáticos etc...



Dinâmica das palavras

Objetivo: reconhecer as palavras, usando a linguagem corporal.

Material: Caixa de presente com palavras em fichinhas, lousa e giz.

Procedimentos: Dividir os participantes em equipes, faça um sorteio para ver a equipe que começa, um participante retira a palavra da caixa sem que os demais vejam, faz a mímica da palavra para os colegas descobrirem, quem acertar leva ponto, em seguida peça para o aluno que acertou escrever a palavra na lousa e formar uma frase, em caso de educandos em fase de alfabetização o professor e os amigos poderão ajudar. Ganha o grupo que fizer mais ponto, o grupo que perder deverá cumprir uma prenda para o grupo vencedor.

Obs: Educador tenha cuidado na escolha da prenda, deverá ser algo que todos se divirtam e não algo para prejudicar alguém.

Abrigo subterrâneo

Objetivo: Questionar sobre conceitos e valores morais,trabalhar a questão do preconceito no grupo e exercitar uma atividade de consenso.

Material: caneta ou lápis e uma cópia do ‘abrigo subterrâneo’ pra cada participante.

Processo: dividir o grupo em cinco pessoas ou dependendo do numero de participantes. Distribuir uma cópia do ‘abrigo subterrâneo” para cada participante. Orientar que cada pessoa deverá proceder a sua decisão individual,escolhendo até seis pessoas (da lista do abrigo) de usa preferência.
Em seguida,cada subgrupo deverá tentar estabelecer o seu consenso,escolhendo também as suas seis pessoas.
Ao final o facilitador sugere retornar ao grupão,para que cada subgrupo possa relatar os seus resultados.
Proceder os seguintes questionamentos :
Quais as pessoas escolhidas de cada subgrupo?
Qual o critério da escolha / eliminação?
Qual (is) o (s) sentimentos que vocês vivenciaram durante o exercício?


Solução: Uma escolha livre de preconceitos seria promover um sorteio.

ABRIGO SUBTERRÂNEO.


Você está correndo um serio perigo de vida.Sua cidade está sendo ameaçada de um bombardeio.Você recebe a ordem de que deverá acomodar em um abrigo subterrâneo apenas seis pessoas,entretanto há doze precisando entrar no abrigo.Abaixo,estão quais as pessoas e suas características.Faça a sua escolha.Apenas seis poderão entrar no abrigo:

( ) um violinista,40 anos,viciado
( ) um advogado,25 anos
( ) a mulher do advogado,24 anos, que acaba de sair do manicômio. Ambos preferem ou ficar juntos no abrigo ou fora dele
( ) um sacerdote,75 anos
( ) Uma prostituta,com 37 anos
( ) um ateu,20 anos,autor de vários assassinatos
( ) uma universitária,19 anos,que fez voto de castidade
( ) um físico 28anos,que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo e sua arma
( ) um declamador fanático,21 anos,baixo QI
( ) um homossexual,47 anos geólogo
( ) um débil mental,32 anos,que sofre de ataques epiléticos
( ) uma menina,12 anos,baixo QI


Amigo secreto

Objetivo: preservar a amizade e desenvolver um momento de descontração

Materiais: Caixa de presente, papéis com os nomes de todos os participantes.

Procedimentos: Realizar um sorteio para o amigo secreto, cada um retira o seu e o facilitador pede para cada participante ir até a frente e dar dicas para os demais certarem o nome do amigo secreto, as dicas podem ser: Quantas letras tem o nome, quantas vogais, consoantes etc...
Quando a turma acertar o amigo sorteado deverá se levanta e dar um abraço ao colega e continua a dinâmica.



Transformação


Objetivo: se abrir para novas possibilidades, encarar os problemas como forma de crescimento e amadurecimento das idéias etc...

Material: Papel seda e música

Procedimentos: O facilitador Começa a amassando o papel e pede para que os participantes façam o mesmo, fechando os olhos, pede para que comecem amassar os papéis como se fossem seus problemas ( dificuldades enfrentadas), logo após ter amassado bem o papel pedir para que os participantes abram os olhos e desamassem o papel formando uma flor.

Significado: Sempre enfrentamos problemas e dificuldades, porém esses problemas sempre nos fazem crescer como pessoas nos tornando mais forte, ou seja o papel amassado é o problema e a flor é o renascimento da esperança.






FRASE DA SEMANA!!!

"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria" (Paulo Freire)

domingo, 28 de agosto de 2011

Perdidos


A senhora Barbosa estava muito admirada. ...
Mais alguns longos minutos se passaram e então Lauro falou:
- Não estamos adiantando caminho, mamãe. Estamos perdidos. Aqui está o velho tronco de novo. Com esta são três vezes que passamos por aqui. Estamos fazendo círculos. Eu não quis dizer isso antes porque não queria atemorizá-la. Mas creio que precisamos parar.
- Eu sabia que estávamos perdidos, disse Janete. Notei que havíamos passado por aqui, por este velho tronco, já duas vezes. Que caminho tomará agora?
- Sim, eu estava certa de que estávamos perdidos, mas julgava que pudéssemos atravessar este capão se continuássemos, retrucou a Sra. Barbosa. Estou muito preocupada!
- Mamãe, aventurou Lauro, com expressões de esperança. A senhora se recorda da história que nos contou na semana passada, do missionário que estava perdido e orou a Deus pedindo que o ajudasse a encontrar o caminho? A senhora contou que ele assim que acabou de orar começou a andar e encontrou o caminho. Deus o ajudou.
Vamos orar nós também?
E assim os três se ajoelharam e cada um fez uma curta oração, pedindo a Deus que os ajudasse a achar o caminho.
Acabaram de orar e já era escuro. Lauro segurou a mão da mãe e a da irmãzinha e começaram a andar, por entre os arbustos e macegas daquele capão escuro.
Não haviam andado muito quando Lauro exclamou, cheio de satisfação:
- Olhem lá uma luz!
- Mas não é nenhuma casa, respondeu a mãe, pois não há moradores aqui por perto. Deve ser alguém, andando. Vamos ver se o alcançamos.
- A lanterna está balançando e não sai do lugar. Vamos ligeiro até ela, disse Lauro.
Quando chegaram bem perto da luz puderam observar que se tratava de três homens que estavam de passagem. Haviam parado ao ouvir vozes.
- Podem dizer-nos onde estamos? Perguntou a Sra. Barbosa.
Os homens explicaram onde se encontravam e ofereceram-se para guiá-los até a estrada. Quando chegaram ao caminho reconheceram-no e rumaram para casa. Andaram um pouco mais no escuro e logo avistaram a luz de casa.
- Espero que vovô tenha deixado alguma comida quente para nós, disse Janete, que sentia bastante fome, agora que passara todo o temor.
- É mesmo, pois estou até fraco de fome, respondeu Lauro.
- Para mim, o melhor é poder ver nossa casinha já bem perto, falou a Sra. Barbosa.
- Estivemos perdidos, vovô, disse Janete assim que entrou em casa.
- Eu estava mesmo imaginando, respondeu o avô. E continuou: vocês devem ter ficado até muito tarde na roça!
- É verdade, concordou a Sra. Barbosa.
- Mas, vovô, nós oramos e Deus nos ajudou a achar caminho. Não foi bom termos orado? Perguntou Janete.
- Orar é sempre uma boa coisa, queridinha. Deus sempre nos mostra o caminho de casa. E não somente o caminho desta casa, mas o caminho do lar celestial, respondeu o avô, em tom amorável de voz grave, ao mesmo tempo em que punha sobre a mesa o alimento quentinho e cheiroso.

Sundar e a roda de oração


“Sundar, precisamos comprar nossa roda de oração hoje!”.
Sundar suspirou quando seu pai o chamou da entrada de sua casa feita de barro, perto de Lhasa, lá no distante Tibet. Estava na hora de sua família ir a Lhasa fazer compras, mas a última coisa que Sundar queria trazer para casa era uma roda de Oração.
“Se eu pudesse contar para meu pai o que aprendi sobre Jesus com o Tio Bula, ele não iria mais querer uma roda de oração. Ele também saberia que foi Deus quem criou a Terra e que também criou todas as coisas viventes. Saberia que é somente Deus quem faz com que a nossa plantação cresça. Daí que não haveria mais necessidade de uma roda de oração”, pensava Sundar.
O vento gelado castigava Sundar e seu pai, enquanto desciam o sinuoso caminho que os levava de sua casa até Lhasa. O pai se enrolou bem em seu manto grosso e sorriu para seu filho.
“Como é bom ter você novamente em casa”, ele disse, tentando falar acima do ruído do vento. “Você gostou de ficar com o Tio Bula?”.
“Oh, sim, papai, gostei muito!”, Sundar se apressou em responder. “A Índia é um país muito bonito, e o Primo Ratu é muito divertido”.
O pai de Sundar concordou, balançando a cabeça, mas seu rosto estava um pouco triste. “Eu acho que na Índia não é tão frio como aqui”, suspirou o pai.
Sundar meneou sua cabeça. “Não, pai, não é frio, mas eu não me importo com o frio”.
“Não se importa?”, disse seu pai muito surpreso. “Antes de ir visitar seu tio e primo, você se queixava muito por causa do vento”.
“Eu sei, papai?”, concordou Sundar, “mas não vou mais me queixar”.
Seu pai franziu o rosto e olhou muito admirado para seu filho, mas Sundar não disse mais nada. Ele não poderia explicar que não iria mais se queixar do vento, porque agora sabia que Jesus tinha criado a Terra e feito o vento para soprar, o Sol para brilhar e a chuva para cair. Se seu pai pudesse saber disto também, como seria bom!
Sundar tinha aprendido todas estas coisas maravilhosas na Escola Cristã, onde seu tio o tinha levado. O missionário havia explicado que Jesus é o único Deus verdadeiro que está no Céu, e que é tolice adorar a outros deuses ou acreditar em roda de oração.
Embora Sundar soubesse que seu pai achava errado falar de qualquer outra religião que não adorasse o Grande Lama ou o sacerdote no templo, ele se arriscou a tocar no assunto da roda de oração.
“Papai, por que você quer uma roda de oração?”.
O pai de Sundar parou de repente naquele estreito caminho.
“Filho, a visita a seu tio o fez mudar de verdade!”, ele exclamou. “Você sabe muito bem para que precisamos de uma roda de oração. Precisamos colocar no córrego perto de casa. A roda de oração vai fazer com que o córrego não seque, e também vai fazer com que a nossa plantação cresça e possamos ter uma boa colheita. No ano passado não tivemos uma roda de oração, e nossa colheita não foi nada boa. Será que você não se lembra? Certamente a sua viagem não fez com que esquecesse tanto assim!”.
“Eu lembro, papai”, respondeu, tranqüilamente, Sundar.
O pai de Sundar continuou andando pelo estreito caminho. “Será seu trabalho observar que a roda de oração continue girando”, acrescentou o pai para Sundar.
Sundar se sentiu ainda mais infeliz. Sabia que devia obedecer a seu pai. Um dos mandamentos de Jesus manda honrar aos pais, mas como tinha pavor do trabalho de atender a roda de oração!
Pouco antes de chegar à cidade, Sundar e seu pai atravessaram uma ponte estreita sobre um ruidoso rio. O menino quase sempre tinha medo daquela água correntosa, mas desta vez atravessou a ponte com muita confiança. “Jesus tirou todo o meu medo”, murmurou para si mesmo.
“Lá está o lugar do chefe Lama”, disse seu pai, como tinha feito muitas outras vezes quando visitavam a cidade.
“Sim”, respondeu Sundar. Ele tinha ouvido a história muitas vezes, e podia lembrar sobre o poderoso legislador que vestia um manto amarelo e sentava sobre um alto trono. Com ele, dentro do palácio, estavam os monges carregando rodas de oração e cantando a única oração que conheciam. “Oh, jóia no coração do lótus”.(Lótus é uma bonita flor).
“Como são diferentes as orações feitas a Jesus Cristo!”, pensou Sundar. Ele desejava muito contar a seu pai sobre a bonita oração do Pai Nosso que Ratu, seu primo, tinha ensinado para ele.
“Talvez algum dia eu possa fazer isto”, pensou Sundar, para se confortar. “Vou orar a Jesus pedindo que me ajude”.
Depois de terem feito todas as compras, Sundar e seu pai voltaram para casa. Enquanto Sundar alimentava e dava água para o iak, o animal de trabalho da família, seu pai instalou a roda de oração no pequeno riacho que irrigava a plantação.
“Agora nossa plantação vai crescer forte, sadia e alta, o pendão vai se dobrar até a terra, por causa de seu peso”, afirmou o pai.
Sundar também desejava um lindo campo de cereais, mas sabiam que a roda de oração não poderia fazer nada para isto.
Cada dia ele observava a roda para ver se estava girando, assim como seu pai tinha mandado que fizesse. O riacho continuou correndo e a plantação cresceu mais alta do que anteriormente.
“Está vendo a plantação, filho!”, exclamou seu pai um dia. “Nossa roda de oração está funcionando”.
Mas Sundar balançou sua cabeça: “Pai”, ele disse, “a roda não pode fazer a plantação crescer. Mas existe Alguém que faz com que a plantação cresça”.
Seu pai se virou rapidamente, tirando os olhos da plantação.
“O que você está dizendo, meu filho! Por que você está com estas idéias estranhas? Onde você aprendeu estas coisas? Lógico que nossa roda de oração está fazendo com que a plantação cresça. Não quero ouvir você falar isto novamente!”.
Sundar sabia que não poderia responder as perguntas de seu pai sem falar sobre Jesus. Mas também sabia que não era a hora propícia. “Vou continuar orando a Jesus para que Ele me mostre quando devo falar sobre isto novamente”, pensou.
Não demorou muito tempo para que as orações de Sundar começassem a ser respondidas. Uma manhã, quando ia para a plantação, viu que a força da água tinha arrancado a roda de oração de onde estava amarrada, e também a tinha quebrado.
“Agora nossa plantação não vai dar uma boa colheita!” Resmungou o pai de Sundar, por ter perdido a roda de oração. “O riacho, com certeza, vai secar”.
Sundar quase falou, mas uma voz parecia lhe dizer para que ficasse em silêncio.
Os dias passavam e o vento continua soprando. Mas a água do riacho não secou. A plantação cresceu bem alta, e os grãos começaram a se formar.
O pai de Sundar olhava o campo com muita admiração. Algumas vezes viu como ele balançava a cabeça, e um dia o pai disse:
“Não posso entender como nossa plantação cresceu depois que a roda de oração foi quebrada. Você não me disse um dia que Alguém faz com que ela cresça?”.
O coração de Sundar bateu bem depressa, e um sentimento de emoção encheu seu coração. Sabia que agora era o tempo de falar para seu pai sobre Jesus.
“Jesus, o verdadeiro Deus que está no Céu, Ele é quem faz com que as plantas cresçam”, explicou Sundar alegremente. “Ele criou a Terra e todas as coisas que existem. Ele é o nosso grande Criador e Salvador. Se acreditarmos NELE, Ele nos levará para o Seu reino quando voltar um dia”.
O pai de Sundar escutava com muita atenção. “Onde você aprendeu todas estas coisas? Foi na casa de seu tio?”.
“Sim”, concordou Sundar. “Eu aprendi sobre Jesus com o Tio Bula e com o Primo Ratu. Eles me levaram para a escola da missão, e eu aprendi muitas coisas com os missionários”.
Os dias chegavam e passavam, e a plantação crescia cada vez mais alta. Um dia notaram que o riacho estava com muito pouco água, era somente um filete correndo por entre a plantação. Mas isto não importava. Os grãos do cereal já estavam bem formados, em poucos dias começariam a ficar maduros e sem demora todo o campo se parecia com um enorme cobertor dourado.
“Amanhã começaremos a colheita!”, disse o pai de Sundar, uma tarde, parado na porta de entrada de entrada de casa e radiante. “Nossa plantação amadureceu mesmo sem a roda de oração, e eu acho que vamos ter a melhor colheita, como nunca antes”. Por que, Sundar? Será que é por causa do seu Jesus?”
Rapidamente, Sundar respirou bem fundo: “Oh sim, papai! Eu orei muito para que nossa plantação crescesse, também orei pedindo ajuda para fazer você crer em Jesus, que criou a Terra; e eu creio que Ele respondeu as duas orações. Eu estou muito, muito feliz!”.
Por um momento o pai de Sundar ficou em silêncio. Mas Sundar viu a expressão de seu rosto, e não ficou surpreso quando seu pai passou o braço em seu ombro, e disse com voz gentil:
“Você precisa me contar tudo o que sabe sobre nosso Jesus. No ano que vem, depois que a neve tiver derretido, vamos novamente visitar o Tio Bula e o Primo Ratu. Ali você vai me levar para a Escola Cristã para ver os missionários que lhe ensinaram sobre o Deus do Céu que criou a Terra e que faz as coisas crescerem”.
E Sundar sabia que seu pai iria cumprir a promessa.

Um estranho na janela


A mamãe espetou o seu dedo com a agulha que estava costurando, quando pulou de susto ao ouvir um barulho de batida na janela. O mesmo barulho fez com que Jane batesse na torre que estava construindo com seus blocos.
- Que foi isto? – disse Jane pulando e arregalando os olhos.
Havia uma porção de penas na janela. A mamãe e Jane foram até a janela e olharam para fora. Lá estava um pássaro de peito amarelo (use o nome de um pássaro conhecido, como Bem-te-vi) caído na grama, bem embaixo da janela.
- Oh! – exclamou Jane, e saiu correndo pela porta. Gentilmente ela pegou o pássaro que estava mole. Ele não se movia. O passarinho havia batido no vidro da janela.
- Ele está morto, mãe. Seu coração ainda está batendo. Pegue depressa, será que pode fazer alguma coisa por ele?
A mamãe pegou o passarinho (Bem-te-vi) em suas mãos. Ele abriu um dos olhos e se acomodou nas mãos da mamãe de Jane. As duas, mamãe e Jane, voltaram para dentro de casa. Jane foi procurar uma caixa grande e um pedaço de pano fofinho para colocar dentro. Depois colocaram o pássaro (Bem-te-vi) dentro da caixa. Tudo o que faziam parecia não interessar ao pequeno pássaro. Ele não queria comida. Elas tentaram dar um pouco de água com um conta-gotas, mas parecia que ele não conseguia engolir.
- Mamãe – disse Jane bem baixinho, depois de algum tempo em silêncio – eu fiz uma oração pedindo pelo Bem-te-vi. Você sabe que Jesus cuida dos pardais, e isto quer dizer que Ele também cuida destes Bem-te-vis, não é mesmo?
- Sim, querida, e Jesus gosta de ver que cuidamos de Suas criaturas – respondeu a mamãe com um sorriso.
O passarinho não melhorava, e a mamãe começou a pensar que ele havia batido com tanta força na janela que não poderia sarar.
Jane não dizia nenhuma palavra. Mais tarde se notou uma pequena movimentação dentro da caixa. Mamãe e Jane ouviram um “tiu-tiu” muito fraco, o que fez com que corressem para a caixa. Olharam para dentro e Jane exclamou:
- Mamãe, parece que ele está melhor!
Realmente, o pássaro parecia estar um pouco melhor, mas ainda continuava sem querer comida. Antes de ir para a cama aquela noite, a mamãe disse:
- Como seria maravilhoso se o pássaro Bem-te-vi estivesse melhor amanhã cedo, assim eu poderia mostrá-lo para as crianças da escola, aquelas bem pequenas! Então elas poderiam ver o passarinho voar novamente!
Na manhã seguinte Jane e sua mãe estavam lavando louça na cozinha, quando ouviram alguns “tiu, tiu” vindos da caixa. Parece que o Bem-te-vi estava respondendo aos chamados dos outros Bem-te-vis lá nas árvores.
Quando as crianças chegaram para as aulas do jardim de infância, a mamãe pegou o pássaro (tipo) e foi encontrar as crianças na porta. Contou como tinham encontrado o pássaro ferido. Todas olharam com muita atenção e interesse quando o pássaro foi colocado em cima da grama. Primeiro ele afofou sua penas, depois olhou de um lado para outro. Então de repente ele bateu suas asas e saiu voando pelo ar. Voou direto para a árvore mais próxima.
- Tchal, Bem-te-vi, tchal! Gritavam as crianças. Estamos contentes por você poder voar novamente. Depois todas entraram em casa para ter sua lição.
Jane ficou mais um pouco do lado de fora, e bem baixinho ela disse: “Muito obrigado, querido Jesus, porque Você cuidou do Bem-te-vi fazendo com que ele ficasse bom outra vez. Também lhe agradeço, porque Você me ama e cuida de mim”.
O que Jesus disse para Adão e Eva fazer para todos os animais no Jardim do Éden? (Cuidar deles) Jane estava obedecendo a Jesus quando cuidou do Bem-te-vi! (Sim). Quem cuida de vocês? (Os pais). Vocês querem dizer “Muito Obrigado” a Jesus por nos amar e por nos ter dado todos os animais e pássaros para cuidarmos? Vocês querem dizer “Muito Obrigado” pelos seus pais?

Um jovem de fibra


Era um rapaz que tinha apenas catorze anos. Ocupava-se em entregar frutas a um grande armazém de uma pequena cidade.
Quanto devo a você? Perguntou o comerciante ao rapazinho, ao terminar este de descarregar as frutas. Não me parece que já seja homem para dizer-me quanto devo.
- Sim, posso, posso dizer – replicou o jovem, prontamente. Logo se pôs a consultar as anotações que fizera em sua caderneta. Tornou a verificá-las, para estar certo de que não se havia enganado na soma. Disse, depois:
- A conta é vinte mil réis.
- Dez mil réis, não são? Disse o comerciante, procurando experimentar o rapazinho.
Depois de passar as cifras pelas engrenagens metálicas, voltou:
- Você tem razão, rapaz; são vinte mil réis mesmo. Diga-me: que idade tem você?
Respondida a pergunta, volveu o negociante:
-Você é quase um homem. Só falta uma coisa – é um bom trago de pinga. Não pagarei a você sem que o beba. Venha cá, comigo.
- Eu não bebo! Respondeu apressadamente o jovem.
- Mas beberá desta vez! Gritou o homem, pegando o rapaz e arrastando-o para o lugar das bebidas.
Sem dúvida, o comerciante estava embriagado, senão não faria isso.
O pequeno esbracejava desesperadamente e olhava com ansiedade para todos os lados, ao ser arrastado para o bar. Notou então, na mesa, várias garrafas de gasolina. Passou-lhe, aí, uma idéia pela mente.
- Que quer que sirva? Perguntou ao chefe o que atendia ao balcão.
- Dê-me um trago de pinga forte, disse o comerciante.
- E para mim, um copo de gasosa, pediu o jovem.
O homem bebeu rapidamente seu trago, e em seguida tomou um copo dágua, para tirar o gosto forte da boca. Olhou para o rapazinho, e viu que estava tomando soda, e não pinga.
- Ah! Você não vai se escapar assim, não! Grunhiu irado, o borracho. Você vai beber um trago de pinga.
Pegando novamente do garoto, gritou ao caixeiro que trouxesse mais pinga e o ajudasse a fazer aquele “malandro” beber. Como era ligeiro e forte, o rapazinho conseguiu derrubar o borracho, e estava para fugir quando o caixeiro do bar o segurou por trás. Pegando-o pelas costas e com a ajuda de seu patrão embriagado, procurava introduzir-lhe entre os lábios um copo de bebida.
A uma mesa no canto do salão estavam três homens jogando. Um deles, de aspecto bastante rude, alto e forte, com os cabelos em desalinho e com tabaco a escorrer dos cantos da boca, parou de jogar para presenciar a cena. Viu que aqueles dois homens estavam maltratando um menor de catorze anos, e começou a refletir. Acendeu-se em seu íntimo, então uma fagulha de virilidade e sentimento de justiça.
Imediatamente, duas mãos fortes pegaram o caixeiro por trás e o lançaram pesadamente ao solo. Quando o comerciante se endireitou, assustado, o homem segurou-o também, arrastou-o até à porta da rua e o jogou fortemente na calçada, dizendo-lhe que voltasse para o armazém e ali ficasse até aprender a ser homem. Enquanto isso, o rapazinho fugia apressadamente e tomava seu carro.
Como tivesse medo de voltar ao armazém para receber o dinheiro que lhes devia, entregou o resto da carga a outras casas comerciais, e horas depois se aproximaram, cautelosamente, daquele lugar. Vendo que o patrão não estava, dirigiu-se rapidamente ao caixa, apresentou sua conta e recebeu a importância. Mas ao sair encontrou o chefe, que estava na porta da rua.
- Venha cá, diz o comerciante, um tanto calmo, quero: conversar com você um instante.
Vendo que sua atitude parecia ser mais amistosa e de respeito, o rapazinho atendeu. Foi com ele, a seu convite, até ao escritório.
- Você é um homem, um verdadeiro homem, diz o comerciante. É o primeiro rapaz que vejo passar por uma prova como esta sem beber coisa alguma. Você é um jovem de fibra. E disse mais, ao rapazinho, que ia sair em férias, mas que ele podia continuar trazendo suas mercadorias, todas as semanas.
- Não traga menos do que você tem trazido, até eu voltar. Apresente-me então a conta e pagarei a você. Confio no que me disser.
Semanas depois, ao regressar o comerciante, cumpriu sua palavra, pagando tudo que o jovem disse que ele lhe devia. Logo terminaram as férias e o rapazinho tinha de voltar para o ginásio. Foi despedir-se de seu freguês, comunicando-lhe que ia continuar os estudos e passar para um ano mais adiantado.
- Deixe os estudos, diz-lhe o comerciante. Preciso de um jovem honesto como você, que tenha bastante caráter para ficar firme no que é direito. Quero que trabalhe comigo.
E o homem fez o oferecimento de bom ordenado e muitas vantagens. Mas isso de nada valeu. O jovem, que tinha firmeza de propósito para não beber pinga, custasse o que custasse, também possuía fibra para não se iludir com aqueles oferecimentos e abandonar seus estudos.
Esse rapaz é agora homem feito, e leciona num conhecido estabelecimento de ensino.

mensagem

Uma estrada com pagamento de pedágio

 
Ana e Alfredo gostavam muito de viajar. Gostavam, especialmente de visitar a vovó e o vovô Martins. Como era gostoso ir para lá.
Só a viagem já era divertida, e depois estar na fazenda do vovô era o melhor de tudo.
Enquanto o pai dirigia, saindo da cidade, Ana e Alfredo falavam sobre todas as coisas maravilhosas que fariam na fazenda.
- Eu vou ajudar o vovô a dar comida para a Princesa – disse Alfredo – depois ele me deixará montar nela e vai me levar para dar uma volta.
- Muito bem, e eu estou curiosa para ver se o filhote da Princesa já está grande para eu poder montar – disse Ana.
- Talvez o vovô coloque a Princesa na carroça novamente, e nos deixe ir apanhar abóboras e melancias – disse Alfredo, lembrando o que tinham feito no ano passado.
- Eu acho que já cresci bastante este ano, e já posso ajudar também, não preciso somente andar a cavalo – disse Ana.
O tempo estava passando rápido para Alfredo e Ana. Logo o papai parou para pagar o pedágio.
- Nós vamos até (cite uma cidade conhecida) – disse o pai para o cobrador que lhe entregou o recibo.
- Deixe-me ver o recibo, pai? – pediu Alfredo se inclinando para frente.
O papai entregou o recibo para ele. Parecia muito interessante com todos aqueles sinais e marcas.
- A viagem até (dê o nome de uma cidade conhecida) sempre é muito bonita – disse sorrindo a mamãe.
- Eu também gosto muito – disse Ana – gosto muito de passar pelos túneis.
- É muito bom, e logo, logo vamos ter um túnel – disse Alfredo.
Ana bateu palmas de felicidade.
- As cores amareladas, âmbar, enferrujada e vermelha vivo das folhas, tornam muito bonitas estas montanhas – disse a mãe.
- Sim, querida. As variações e mudanças de estações são uma das maneiras de podermos saber que servimos a um Deus de amor – disse o papai – Ele faz muitas coisas para nossa satisfação.
Algumas horas mais tarde e depois de ter passado por três túneis, começaram a notar sinais de que (a cidade) estava se aproximando.
- Está na hora de sairmos da estrada principal - disse o pai.
- Pai, deixe-me o recibo para o cobrador? – pediu Alfredo, e se inclinou para frente, pegando o recibo que o pai lhe dava. Justamente, neste momento uma corrente de vento soprou fazendo com que o recibo voasse para longe das mãos de Alfredo.
- Oh, não! – gritou Alfredo – o vento levou o recibo para longe.
O papai parou o carro o mais rápido possível. – Espero que possamos encontrar o recibo – disse o pai, enquanto corria para o lugar onde, imaginava, o recibo poderia ter caído.
Alfredo descobriu naquele momento como o recibo era importante. O pai havia dito que teriam de pagar uma muita grande se não estivessem com o recibo.
Mamãe e Ana olhando pelo vidro detrás observavam como o papai procurava o recibo ao lado da estrada.
Grandes lágrimas rolavam pelo rosto de Alfredo e caíam em sua camisa. Ele se sentia muito mal. Muitas preocupações vieram à mente de Alfredo. E só um pensamento feliz. Ele se lembrou de seu verso de sábado: “Invoca-me no dia da angústia, Eu te livrarei e tu Me glorificarás”. Salmo 50:15.
- Eu vou orar! – disse calmamente Alfredo e fechou os olhos. “Querido Jesus, por favor, ajude o papai a encontrar o recibo. Nós precisamos muito dele. Muito obrigado. Amém”.
Alfredo voltou a olhar pela janela de trás, e viu o pai correr uns passos, se abaixar e pegar alguma coisa. O pai se virou e sorriu, depois voltou para o carro.
- Oh! Muito obrigado, querido Jesus! – disse Alfredo.
O papai entrou no carro e Alfredo se inclinou para frente e deu um abraço no pai.
- Desculpe, papai – ele disse – eu não queria causar nenhum problema.
- Está tudo bem, Alfredo, você não sabia o que podia acontecer – disse o pai. – Eu acho que tudo aconteceu para o bem.
- Eu também acho – disse Alfredo – e você conseguiu encontrar o recibo porque eu fiz uma oração, pedindo que Jesus o ajudasse a encontrar.
- E você já agradeceu a Jesus?
- Sim, papai, eu já agradeci – respondeu Alfredo.
- Logo que sairmos desta estrada, vou parar e todos nós vamos curvar a cabeça para agradecer pelo amor e cuidado de Jesus – disse o pai. – Certamente Ele é o nosso melhor amigo, nunca nos deixa ficar com problemas.
Que coisas aconteceram antes que o recibo voasse que nos dá a certeza de que a família de Alfredo e Ana estavam tendo um feriado muito feliz?
Que vocês acham, Alfredo foi ou não descuidado quando deixou o recibo voar?
Como vocês se sentiram com o final da história?
Como, pensam vocês, se sentiu a família de Ana e Alfredo?